Como parte da celebração aos 80 anos da Rádio Difusora Acreana, comemorados no próximo dia 25 de agosto, na noite desta quarta-feira, 21, no Teatro Hélio Melo, em Rio Branco, foi realizada a exibição do documentário A Voz das Selvas, sobre a história da emissora.
Produzido pelo cineasta acreano Adalberto Queiroz, também ex-diretor da rádio, o filme destaca programações que marcaram época no estado, como as novelas de rádio, o Mundo Cão e o tradicional programa de envio de mensagens dos ouvintes às comunidades rurais, o Correspondente Difusora, que ainda está no ar.
Na grade da programação atual, que envolve música, cultura e esportes, a Difusora veicula também o Bom dia Aldeia, Gente em Debate, Lance Esportivo e Conexão Acre, transmitidos em rede de cadeia estadual.
O documentário evidencia ainda, por meio de depoimentos de personalidades que construíram a identidade da Difusora ao longo desses anos, que o objetivo do veículo, com sua programação que leva informações de interesse público e entretenimento aos 22 municípios acreanos, é enaltecer a identidade e o valor cultural do Acre, desempenhando um papel fundamental na preservação e promoção da rica herança cultural da região.
A película homenageia radialistas mais antigos que ainda estão na ativa, como Zezinho Melo e Nilda Dantas, recordando, também, figuras que fizeram história, como Alfredo Mubarac, responsável pela instalação da rádio no prédio onde funciona até hoje; e o ex-diretor João Nascimento; além de Campos Pereira, Estevão Bimbi e outros.
“Com força de vontade, determinação e ousadia, fui registrando a história da rádio, que tem tudo a ver com a história do Acre, e, se eu fosse esperar pelo melhor momento e melhor equipamento, não teríamos esse documentário”, afirmou Queiroz.
O diretor Raimundo Fernandes, também homenageado no documentário, por uma vida inteira de serviços dedicados à emissora, atribui o sucesso da rádio estatal à sua diversidade em levar informação, mas também por entreter e dispor de figuras tão lendárias e que de certa forma contribuíram com a história do estado.
“Graças ao talento dessas pessoas, a Difusora já foi destaque no programa no Jô Soares, já fez concurso de miss, já ganhou prêmio nacional e se mantém firme na missão de comunicar, conforme nos mostrou o emocionante documentário”, enfatizou.
O coordenador de Jornalismo das rádios do Sistema Público de Comunicação, Jefson Dourado, reconheceu o empenho e o talento de Queiroz na realização do registro audiovisual da história da Difusora: “Para nós é uma honra participar das comemorações pelos 80 anos da rádio e só temos a agradecer o brilhantismo do Adalberto Queiroz”.