Pode-se pegar centenas de exemplos de pessoas mortas por ordem dos chefes do tráfico, que estão trancafiados nos presídios federais, muitos deles num regime aparentemente duro. Só que, pela pressão de representantes dos direitos humanos dos criminosos (nunca têm direito, para as pobres vítimas!), mesmo isolados, a lei é frouxa para os chefões, que mandam e desmandam, porta afora das cadeias. E como fazem isso? Basicamente, de duas formas: mandando mensagens através de suas companheiras, porque eles podem sim, receber “visitas íntimas” ou ainda com a ajuda de advogados criminosos (claro que os há!). No primeiro caso, não há dúvida de que, tão logo saem do presídio onde está seu companheiro, a mulher (que é obrigada a cumprir a missão, mesmo que não quiser), espalha as ordens entre os asseclas que estão livres. No exemplo de alguns advogados, os números crescem todos os dias. Recentemente um deles, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo, foi preso, por receber uma mesada de 5 mil reais do Primeiro Comando da Capital (PCC), para inventar denúncias contra policiais, colocando a autoridade que combate o crime sob o olhar duro do Judiciário, quando se trata de desrespeitar direitos dos bandidos.
Criou-se, então, com toda essa moleza dada aos superbandidos, um ciclo da morte, em que membros do comando do crime organizado decidem quem deve ser assassinado, quem deve executar e quando. O caso da psicóloga, mãe de um bebê de dez meses e que trabalhava na Penitenciária de Catanduva, no Paraná, é sintomático, porque sintetiza a forma dos bandidões agirem. Não se sabe porque motivos (era querida e respeitada pela maioria dos detentos do Presídio Federal), o comando do PCC decidiu que ela devia ser morta. Foi seguida quando estava com seu marido, um policial e executada com tiros na cabeça, na porta da sua casa e com o seu bebê no colo. O marido, policial, reagiu e foi ferido com oito tiros. A psicóloga Melissa de Almeida Araújo foi uma das três vítimas (as outras duas foram agentes penitenciários), condenadas pelo tribunal da morte que bandidões que deveriam estar presos e isolados do mundo, mantém funcionando em todas as cadeias. O crime emanado de dentro das prisões é óbvio, notório, do conhecimento das autoridades de todos os poderes. Mesmo assim, um juiz federal cassou liminar que proibia as visitas íntimas aos reis do crime. Eles não podem deixar de transar, mesmo que usem esse benefício para decretar sentenças de morte. Esse é o Brasil que permitimos que nos empurrassem goela abaixo. Até quando?
DEIXARAM AS PAREDES
O que acontece em todo o país, ocorre também com frequência em Rondônia e em Porto Velho. O desrespeito pelo dinheiro público perdeu o rumo. Administradores não concluem os serviços e quando os concluem, não entregam à população. E o povo, sempre esperando que o governo faça tudo, cuide de tudo e se responsabilize por tudo, não cuida e nem fiscaliza do que é seu. Reclama muito, mas pouco faz. O caso do posto de saúde do bairro Cascalheira, em Porto Velho, é sintomático. Ainda com cheiro do novo, entregue no ano passado, o posto não funcionou um só dia. Estava pronto, mas não tinha nem a estrutura e nem gente para o atendimento à população. Desde que foi entregue, no ano passado, o prédio foi completamente depenado. A população assistiu, inerte, à esse ataque a um prédio público. Não denunciou, não protestou, esperou que a Prefeitura ou o Estado colocassem vigias no prédio, o que, obviamente, não aconteceu. Os ladrões levaram portas, janelas, instalações elétricas e sanitárias. Sobrou praticamente apenas as paredes. Claro que a culpa maior é do poder público, mas os moradores também podiam dar uma ajuda, cuidando do que é seu. Mas, é bom lembrar, aqui é o Brasil. Os governos fazem de conta que governam e a população faz de conta que participa. Uma tristeza…
CANALHAS ANÔNIMOS
Por falar em internet, circula pelo Facebook, uma lista de pessoas que ocupavam cargos de comissionados na Prefeitura e que foram exoneradas dias atrás, para que a administração municipal cumprisse decisão judicial. Só nessa lista, existem pelo menos 170 nomes dos demitidos. Não há como contestar a divulgação da relação dos exonerados no Diário Oficial, o que é obrigado por lei. Mas expor agressivamente muitas dessas pessoas, que nada fizeram de errado e que estavam sob contrato com a Prefeitura como servidores, mesmo com indicações políticas, o que é normal no serviço público brasileiro, aí já é exagero e desrespeito. Pior de tudo, algumas denúncias, feitas sob o anonimato, divulgaram a lista não só com quem teria indicado os comissionados, (não se sabe se essa relação é verdadeira) mas, pior de tudo, em alguns casos, com comentários que só podem partir de quem se esconde nas redes sociais, sob o manto da covardia, para agredir, ofender e atacar. É uma vergonha não só que tais listas com citações ofensivas continuem circulando, como, tão terrível quanto isso, é a reprodução através feitas por muitas pessoas até agora conhecidas como corretas. Pois até algumas dessas estão se prestando a esse lastimável serviço sujo. É uma doença social que se alastra, infelizmente!
PERDERAM O RUMO
Três pessoas da mesma família, incluindo um bebê de seis meses, morreram na zona rural de Machadinho do Oeste, num acidente onde alta velocidade e falta de cuidado, mais uma vez deixando lastros de sangue. Outro homem morreu na BR 319, sentido Manaus, também no fim de semana. Dias atrás, em Vilhena, quatro pessoas da mesma família morreram carbonizadas, numa batida de caminhões. Foram oito mortes em uma semana e só nesses dois acidentes. Várias outras perdas de vidas foram registradas desde lá. Desde lá, dezenas de outros acidentes ocorreram Rondônia afora, com mais mortos, mais feridos, mais pessoas que ficarão o resto de suas vidas com sequelas físicas e emocionais. No dia a dia do trânsito, nas rodovias e nas cidades, é que se vê que todas essas mortes; todos os alertas, todas as multas pesadas, nada disso está resolvendo a violência e a loucura de muitos motoristas e motoqueiros. O trânsito tornou-se uma doideira geral, como estão muitas coisas nesse país, nesses tempos de tragédias e tristezas.
DECORO PARLAMENTAR
Uma postagem da professora Judith Santos, no Facebook, colocando sob suspeita vereadores que teriam recebido dinheiro da Prefeitura para votar pelas férias do prefeito Hildon Chaves (uma dessas besteiras que atacam a honra alheia e que irresponsáveis publicam, sem serem punidos, nas redes sociais), teve uma resposta agressiva e desnecessária da vereadora Ada Boabaid. Atacada e citada nominalmente, a vereadora poderia ter respondido com elegância e dado uma lição de moral na professora que fez a publicação idiota. Mas, ao invés do bom senso, a nobre edil piorou muito as coisas. Publicou um texto cheio de palavrões, ofensas pessoais e um palavreado que jamais deveria fazer parte do que diz e escreve uma pessoa pública. Ou seja, respondeu a uma nojeira com outra pior. Ao chamar a professora de vários palavrões (vagabunda foi o menor deles, já que outros são impublicáveis), dona Ada pisou feio na bola. Mesmo tendo pedido desculpas, pode se incomodar por ter caído numa armadilha tão simples de opositores. A vereadora tem que torcer para que não seja denunciada por falta de decoro parlamentar. Lamentável!
A JUSTIÇA E OS COMISSIONADOS
A Justiça interveio também no Governo do Estado determinando a demissão de centenas de comissionados. Agora, as decisões judiciais decidem os caminhos das contratações, tudo dentro da lei, embora possa parecer uma interferência de um Poder em outro. Obviamente o assunto ainda vai merecer muita discussão, debates e até recursos a instâncias superiores. Mas, enquanto isso não acontece, os concursados tornam-se mais valorizados. No Estado, a chamada de mais 300 aprovados no concurso da Polícia Militar, em 2014, é prova disso. O policiamento será reforçado, beneficiando a coletividade. E, para funções internas, a PM terá a contratação provisória, em regime especial, de vários jovens, que também estão se cadastrando. Na administração estadual, aliás, o número de comissionados caiu drasticamente. Quando Confúcio Moura assumiu, eram perto de oito mil. Hoje, são pouco mais de 5.470 funções deste tipo. A tendência é de que os poderes tenham cada vez menos comissionados e mais concursados. Mas isso é, ainda, apenas uma questão embrionária. Vem aí muito debate sobre o tema…
QUEM É O NOME MISTERIOSO?
Candidatíssimo em 2018, Expedito Júnior tem falado pouco sobre seus projetos, até porque ainda não anunciou se vai mesmo disputar o Governo do Estado, o que é pouco provável ou o Senado, o que seria pule de 10 na linguagem do turfe. O problema é que tem muita gente falando, inclusive na possibilidade dos tucanos se aliarem a outros partidos e acabarem ficando como coadjuvantes, na corrida pela sucessão de Confúcio Moura. Nessa semana, Expedito falou sobre o processo do ano que vem, garantindo que o PSDB terá sim candidatura própria na disputa pelo Palácio CPA/Rio Madeira. Quem seria esse misterioso nome? Ele não quer. Mariana Carvalho só pensa na reeleição à Câmara Federal e não aceita sequer abrir conversa sobre uma eventual disputa ao Governo. Ou seja, os dois nomes mais poderosos do partido, estariam fora da corrida. Restaria, então, por eliminação, apenas outro tucano com plumagem suficiente para pensar no assunto, embora jure que não quer ouvir falar nele: Hildon Chaves. Portanto, ao menos no quadro atual, o tucanato não tem alguém com chances mínimas de disputar o Governo.
PERGUNTINHA
Você acha que com as medidas paliativas que o governo bem tomando para as reformas e a criação de novos impostos, pode mesmo se resolver a grave crise econômica do país ou, no final, vai acabar é piorando tudo?
Fonte:Sérgio Pires