A Comissão de Saúde, Previdência e Assistencial Social (Cspas) da Assembleia Legislativa se reuniu na manhã desta terça-feira (19) no plenário da Casa de Leis, para discutir a questão do transporte de pacientes que realizam o tratamento de hemodiálise em Porto Velho.
O deputado Dr. Neidson (PMN) presidiu a reunião, que também teve a presença de Geraldo da Rondônia (PSC). O encontro foi realizado com representantes da Associação Rondoniense de Renais Crônicos Transplantados e Diabéticos e com o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Juan Carlos Boado.
Francisco José do Nascimento, representante da Relação de Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar), afirmou que o transporte é uma questão muito sensível para quem faz hemodiálise. “A clínica antes disponibilizava o transporte e, ainda assim se constatavam muitos problemas. Percebo que hoje a dificuldade é maior, porque a clínica não dá mais essa assistência e não tem a disponibilização do transporte público”.
Segundo ele, que já teve de realizar o tratamento de hemodiálise, a maior parte das pessoas que necessita desse serviço tem renda baixa, não podendo chegar ou voltar para casa do hospital, após o procedimento sozinho. “A pessoa que ganha um salário mínimo não pode pagar pela alimentação adequada, pela estrutura e também por seu transporte e dar uma boa qualidade de vida para a própria família”, ressaltou e complementou: “Esse encontro é para sensibilizar a prefeitura para que eles disponibilizem o serviço ou que deem alguma outra solução para nós”, disse Francisco.
A paciente e também representante da Fenapar, Raquel Moreira, trouxe denúncias quanto ao atendimento da van e do transporte público. “O motorista da van já me ameaçou”. Segundo os colegas, a senhora também já foi maltratada ao tentar pegar o ônibus para tratamento, lhe sendo negado o atendimento do transporte quando ela está sozinha no ponto. Ela afirmou também que a van disponibilizada pela Semusa costuma carregar de 3 a 4 pacientes, sendo que a capacidade do veículo é bem maior e pode ser utilizada.
O adjunto da Secretaria de Saúde, Juan Carlos, após ouvir as denúncias, afirmou que irá fazer um levantamento de informações para saber quem está recebendo o atendimento da van e como a Semusa pode se mobilizar para ajudar os pacientes, que estão privados dessa assistência. “O nosso acordo dessa van com o Ministério Público é para carregar 10 pacientes. Segundo as informações que me foram repassadas, nós levamos 18. Estarei fazendo o levantamento dessas questões”.
Juan pediu para que a associação faça um ofício com todas as reclamações pertinentes para que as soluções possam ser dadas. “Eu tentarei esclarecer essas questões e me informar. Essas falhas devem ser corrigidas”. Quanto a denúncia de maus tratos, Juan afirmou que irá procurar o responsável e tomar as providências cabíveis.
Por fim, Neidson afirmou que irá convocar outra reunião com os dados já levantados e solicitará a presença de membros da Secretaria Municipal de Transportes (Semtran) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), para que se encontrem soluções viáveis ao problema de transporte dessas pessoas necessitadas. “Veremos a participação de cada órgão dentro dessa situação, para esclarecer e resolver todos os problemas levantados por vocês”, concluiu o deputado Neidson.
Fonte:Decom