Carille não tem boas projeções para o futuro do futebol nacional
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Precisando reforçar seu plantel para 2018, Fábio Carille tem acompanhado de perto a crise financeira do Corinthians. A falta de dinheiro, porém, atinge a maioria dos clubes do país. É justamente isso que, segundo o treinador, vai acabar prejudicando o futebol local nos próximos anos.
“Está abaixo (do futebol europeu) e tem tudo para ficar cada vez mais abaixo. Por quê? Gabriel Jesus não ficou um ano como titular do Palmeiras. O Malcom em 2015 só jogou o segundo semestre aqui no Corinthians. É interessante para o atleta que vai ganhar muito mais, é interessante para o clube vendê-lo e o cara quer ir”, analisou em entrevista ao Lance!.
“Acabou a qualidade no futebol brasileiro? Sim, está abaixo, mas nossos jogadores estão todos por aí fazendo frente com os maiores jogadores do mundo”, completou.
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Quanto a saída de jogadores, Carille pode falar melhor do que ninguém pela experiência que vem tendo nessa janela. Desde que garantiu o hepta, o treinador já perdeu Guilherme Arana, para o Sevilla, da Espanha, e está por detalhes de perder Jô para o Nagoya Grampus, do Japão.
“A maior questão é a financeira do país. Além de ser melhor para o atleta, o clube está louco para vender para entrar receita. Hoje só Palmeiras e Flamengo não estão muito preocupados com isso, mas o restante está. Faz parte”, disse.
Uma das formas de driblar essa crise é diminuindo os gastos ao máximo. Nesse sentido, o Corinthians tem trabalhado em uma redução salarial de seu elenco e, para Carille, o objetivo vem sendo atingido, visto que o próprio plantel campeão do Brasileirão já recebia bem menos que em anos anteriores.
“Hoje o Corinthians abaixou bem do que foi anos atrás, e perto do que a gente escuta em outros clubes. Abaixou bem em relação a 2011, 2012, 2013… Mas bem mesmo. Foi pela situação financeira, teve vários jogadores vendidos e o dinheiro usado para pagar dívidas. Arrecadou muito, mas ficou uma conta muito alta, teve o estádio e outros fatores”, explicou o técnico.
“Mas o que não podemos deixar de acreditar é o trabalho. Muitas vezes um jogador não está bem, o clube vai lá e compra outro. Não espera, já descarta, fica inchando o elenco. Esse ano foi uma prova muito grande para o futebol o que aconteceu aqui no Corinthians”, concluiu.
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