O acidente que ocorreu por volta das 00h20min do último domingo, 06 de setembro, deixou a cidade de Ariquemes agitada, e os comentários e críticas tomaram conta das redes sociais e de alguns veículos de comunicação. Uma motoneta e um veículo Suv colidiram em uma rua residencial, no Setor 03. Um menor de idade conduzia o carro considerado de luxo, a Suv, e outro menor pilotava a motoneta, e num cruzamento acontece o choque entre dois condutores que não deveriam estar conduzindo veículos na rua.
Dua mortes ocorreram, e logicamente a fatalidade perseguiu o veículo mais vulnerável, ou seja, os dois ocupantes da motoneta vieram a óbito pouco tempo depois do acidente.
Muito foi criticado o jovem menor do veículo de luxo, que provavelmente estaria em alta velocidade, mas pouco pondera-se, que se somente pessoas com idade adequada e habilitadas dirigissem veículos em nossa cidade, as probabilidades de acidentes seriam menores.
Esta talvez seja uma lição para muitos pais, que autorizam a independência dos filhos muito cedo, e a liberdade acaba se tornando em tragédias prematuras, como esta.
Outro ponto, alegado por críticos e defensores da posição de julgar, foi que o rapaz da motoneta dirigia um veículo com 50 cilindradas, e neste, seria permitido um menor de idade pilotar. Pois então, em uma breve pesquisa na internet descobrimos que há uma resolução do Contran que diz o contrário, e se por aqui, em Rondônia foi legislado ou decidido judicialmente a respeito, a responsabilidade sobre este tipo de acidente seria do responsável por está liberação. Ou não?
Sabe-se que o automóvel estava na preferencial, mas provavelmente em alta velocidade. Cruzando esta preferencial, tínhamos uma motoneta, também conduzida por alguém com menos experiência, que pode ter acreditado que o veículo estava longe, e decidiu atravessar. Este último, se enganou no cálculo, o primeiro exagerou na velocidade e a fatalidade ocorreu.
Concluímos que ninguém deles deveria estar circulando, tanto pela falta de CNH (CNH = capacidade para dirigir, conhecimento das Leis de trânsito, não dirigir em alta velocidade, não atravessar a preferencial, etc.) ou pelo horário, em que menores não deveriam estar circulando na rua sem a presença dos pais.
O caso é de Conselho Tutelar, Promotoria de Justiça, Defensoria Pública e da própria sociedade civil, que deverá discutir e analisar o que se pode aprender com uma lamentável situação como esta, ocorrida aqui, na cidade de Ariquemes.
Dentro de alguns dias haverá uma audiência pública na Câmara de Vereadores, que discutirá a segurança no trânsito. Quem sabe não seja a hora da sociedade de bem se unir e colocar em pauta os casos de menores ao volante, para talvez num futuro próximo, não termos mais pais chorando a beira dos caixões de seus filhos.
Da Redação – Folha Nobre