Na semana de 25 a 29 de julho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançará a 13ª edição do periódico virtual Arte no Tribunal. Administrado pela Coordenadoria de Memória e Cultura (CULT) da Secretaria de Documentação, o periódico tem a finalidade de divulgar as obras e os artistas que compõem o acervo artístico pertencente ao STJ. Nesta edição, terá destaque o trabalho do brasiliense Ildeu Borges.
Ildeu Borges é artista plástico, engenheiro e executivo. Segundo ele, a pintura é uma "forma de escape de um mundo diferente do da engenharia". O artista explicou que suas vivências distintas propiciam uma visão complementar do trabalho e da arte, e que sua formação acadêmica influencia sua arte "na forma de ver o trabalho de pintura como um processo, que requer planejamento e execução em etapas".
A especialidade de Ildeu Borges é retratar figuras humanas e cenas do cotidiano urbano de Brasília, apresentando personagens anônimos concentrados em seus afazeres, cuja vida comum e familiar se conecta com o cenário urbano contemporâneo.
O artista utiliza técnicas clássicas e técnicas arrojadas – como a Op art, ou Arte Óptica –, e se inspira nas obras de Jesús Rafael Soto, artista venezuelano e mestre em grafismos, que trazem ao seu trabalho grande impressão de dinamismo.
A pintura de Ildeu Borges destacada nesta edição de Arte no Tribunal é intitulada "212/213", e faz referência a uma superquadra de Brasília. Produzida em acrílico sobre tela, a obra foi doada e incorporada ao acervo do STJ em 2018, em decorrência da exposição "Outros Cotidianos", promovida pelo Espaço Cultural do STJ.
Uso democrático do espaço da cidadania
O Espaço Cultural STJ, criado em 2001, já abrigou mais de 170 exposições temporárias. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência como ambiente inovador e amplamente visitado pelos servidores da corte e pelo público apreciador das artes visuais.
O acervo de obras de arte do Tribunal da Cidadania conta hoje com centenas de peças de renomados artistas das mais diversas regiões do Brasil e do exterior. A coleção é o resultado de doações dos artistas, em contrapartida ao uso da galeria, cujas exposições se realizam mediante processo seletivo regido por edital público. As obras doadas estão distribuídas nos ambientes de trabalho das diversas unidades do STJ, onde podem ser apreciadas por servidores e visitantes.