A coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Luisa Canziani (PSD-PR), garantiu que em um primeiro momento as parlamentares vão se empenhar para que mais mulheres ocupem lugares de decisão dentro do Legislativo.
“Estamos nesse diálogo constante para que os partidos façam indicações para que mulheres estejam nesses espaços de poder aqui na casa – presidência de comissões, relatorias -, porque a gente sabe da importância desses espaços para tomada de decisões e também para atividade legislativa”, disse.
Luiza Canzianni lembrou que a bancada funciona com temáticas ligadas às mulheres como educação, saúde, combate à violência e acesso ao mercado de trabalho e as propostas ligadas a esses temas serão discutidas com as deputadas para serem colocadas na pauta de votações.
Em seu quinto mandato, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que um dos principais pontos que a bancada feminina deve defender é justamente garantir que direitos já adquiridos não sejam retirados das mulheres.
“A gente corre muito risco, numa Câmara que ainda tem uma parcela conservadora grande a gente ter matérias que invistam em perder direitos que nós conquistamos. Mesmo em período de resiliência, de grande resistência, a bancada feminina conseguiu avanços importantes, então nós não queremos andar para trás, chega de andar para trás”.
Já a deputada Ana Pimentel (PT-MG) afirmou que para aumentar a bancada feminina é preciso reservar cadeiras para as mulheres com o financiamento partidário.
“E paralelamente a isso é muito importante a gente debater a autonomia econômica, psicológica das mulheres para que elas tenham condição de entrar na vida política com liberdade. Porque atuar politicamente ainda é um desafio para as mulheres”, disse.
Também em sua primeira vez no Poder Legislativo, a deputada Socorro Neri (PP-AC), ex- prefeita de Rio Branco, espera poder trabalhar pautando ações de promoção de direitos das mulheres com atenção especial ao meio ambiente.
“Sobretudo para mim, que venho da Amazônia, essa é uma pauta muito cara. E à medida que desenvolvermos essas ações, vamos focar no fortalecimento tanto da democracia política quanto da social, sempre com o mandato voltado para o interesse público, para o bem comum”, afirmou.
A deputada Erika Hilton (PSol-SP), uma das duas mulheres trans eleitas para essa legislatura, afirmou que é preciso recuperar o País que foi polarizado nos últimos anos.
“O Brasil foi muito devastado nos últimos anos pela política de morte que estava em curso e nós precisaremos enfrentar a fome, a pobreza, as desigualdades sociais que têm imperado com força na nossa sociedade. Essa é uma das pautas que eu trabalharei com bastante empenho”.
Atualmente, uma representante da bancada feminina participa de todas as reuniões de líderes onde são definidas as propostas que serão analisadas pelo Plenário da Câmara.