Para minimizar os efeitos das enchentes, que já atingiram milhares de pessoas nas cidades de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil, localizadas na região do Alto Acre, a Polícia Militar do Acre (PMAC) também ampliou e adaptou o policiamento para a região de fronteira. Além do trabalho rotineiro já desenvolvido pelas guarnições, as equipes passaram a realizar patrulhamento fluvial nos três turnos, além de rondas e visitas às dezenas de abrigos montados para os desabrigados.
Somente no município de Brasileia, até o início desta terça-feira, 28, a Defesa Civil já contabilizava quase 8 mil pessoas atingidas. Em Xapuri, com mais de 30 famílias desabrigadas, a situação ficou crítica até mesmo para o Quartel da Polícia Militar, que corre o risco de ser atingido pelas águas e também precisar de evacuação.
O tenente Marcus Roberto, responsável pelo comando da Polícia Militar no município de Xapuri, destaca que apesar da instituição também sofrer os efeitos nocivos da tragédia, os militares permanecerão nas ruas, apoiando a população e ajudando a cidade no que for preciso. “Este é o momento para nos unirmos. Cada instituição que está atuando nessa crise, com muitos profissionais que tiveram perdas pessoais, está dando o seu melhor. Nossa casa também está ameaçada pelas águas, mas isso só vai nos impulsionar a trabalhar ainda mais”, pontuou.
A mobilização das tropas da PM em apoio às equipes da Defesa Civil já é comum nas tragédias relacionadas às enchentes e enxurradas, que acontecem de forma sazonal em todo o estado. Para além do policiamento e atuação nas atividades de segurança pública, os militares também se destacam prestando apoio logístico e humanitário, que vão desde a retirada de bens e móveis, ao transporte de vítimas e desabrigados.