Nos dias 30 e 31 de março, a exposição “Nem Tão Doce Lar” chega a Santo Ângelo visando sensibilizar a sociedade para o tema da superação da violência doméstica e familiar. Trata-se de uma mostra itinerante e interativa que possibilita a popularização da discussão e do enfrentamento da violência ao levar para o espaço público uma típica casa familiar, com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas e com deficiência.
A iniciativa é da Fundação Luterana de Diaconia e, em Santo Ângelo, é realizada em parceria com o Ministério Público, por meio do Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Gepevid), e com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.
A exposição será montada no Centro de Eventos (Rua Três de Outubro, 800) e aberta para visitação pública das 8h30 às 18h, no dia 30, e das 8h30 às 12h, no dia 31. Durante a visita, é possível circular por diferentes cômodos da casa, identificar pistas deixadas nos cenários e expor as impressões em uma roda de conversa conduzida pelos acolhedores que participaram da formação.
Também faz parte da mostra, pequenos cartazes relacionados aos elementos apresentados, nos quais constam informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente e convívio doméstico e familiar. Dessa forma, a iniciativa sensibiliza, propõe métodos preventivos e incentiva a denúncia.
Esta é a segunda vez que a “Nem Tão Doce Lar” chega a Santo Ângelo. O município foi a primeira cidade fora da região metropolitana de Porto Alegre a receber a exposição, no ano de 2007. Além de Santo Ângelo, a exposição ainda irá percorrer, neste ano, as cidades gaúchas de Alegrete, Cachoeira do Sul, Pelotas, Porto Alegre e Santa Maria.
NEM TÃO DOCE LAR
A Nem Tão Doce Lar envolve uma metodologia de intervenção coletiva para a superação da violência doméstica e familiar, que possibilita a reflexão e promove a popularização da discussão desse tema, tantas vezes invisibilizado e naturalizado. Também fomenta o debate e a elaboração de estratégias de enfrentamento e de superação da violência a partir da criação e fortalecimento de redes de apoio entre organizações da sociedade civil, instituições governamentais, universidades, escolas e comunidades religiosas. O nome faz alusão à citação “Lar doce Lar”, muito comum em casas brasileiras.
A mostra nasceu a partir de uma exposição internacional chamada Rua das Rosas, criada pela antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo. A proposta inicial, que tinha ainda uma linguagem europeia, foi apresentada em Porto Alegre, em 2006. Posteriormente, a exposição recebeu um enfoque brasileiro.