As taxas de vacinação se consolidaram nos anos 90. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado de zona livre da Poliomielite. No entanto, a partir de 2015 o país começou a registrar queda de cobertura em diversas vacinas.
E isso foi sendo progressivo até este ano, com todas as vacinas com níveis abaixo do desejado. A baixa cobertura coloca o país e sobretudo as crianças em risco, uma vez que doenças já erradicadas podem retornar ao território brasileiro.
Com o foco na vacinação da população acreana, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), em parceria com o Ministério Público do Acre (MPAC), promoveram nesta sexta-feira, 26, uma reunião com o Ministério da Saúde, representado pelo diretor do Departamento Nacional de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Eder Gatti, que está em visita ao Acre.
O encontro teve como objetivo debater estratégias, somar esforços e conhecimento para estimular a vacinação e melhorar os números de cobertura vacinal.
Para o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, essa reunião mostra o empenho do poder executivo estadual, do Ministério da Saúde e o Ministério Público do Acre em apoiar as ações para o aumento da vacinação no Estado.
“A nossa ideia agora é trabalhar com as crianças e adolescentes até 15 anos de idade, e esse apoio veio em uma ótima hora pra que possamos aumentar as taxas de cobertura vacinal”, destacou o titular da pasta de Saúde do Acre.
A queda da cobertura vacinal é complexa e envolve uma série de fatores. A pandemia de covid-19 direcionou os esforços do SUS para o combate da doença; os pais evitaram sair de casa para vacinar os filhos; e a desconfiança lançada sobre as vacinas estimularam o negacionismo. As falsas notícias e os grupos antivacina, ou antivax, também entram nessas questões.
O procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento, agradeceu a presença do Ministério da Saúde, da Sesacre e equipe técnica, para reforçar a importância da vacinação.
“Nós do Ministério Público temos pleno convencimento que a vacinação é importante. Inclusive junto com os procuradores de justiça e ao nosso Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, firmamos um pacto nacional a favor da vacinação. Iremos apoiar todas as iniciativas baseadas na ciência e reforçar a necessidade da vacinação e estamos a disposição para acompanhar e atuar em favor da população”, salientou o procurador-geral.
Eder Gatti, explicou que a parceria entre o Ministério da Saúde, os Estados, Municípios é fundamental para pôr a política pública para funcionar e a parceria com o Ministério Público também é estratégica, pois garante proteção a população e que tenha acesso a saúde como direito.
“Para o Ministério da Saúde essa reunião nos traz satisfação, pois estamos elaborando estratégias para promover a vacinação e estimular uma alta cobertura vacinal. Agradecemos a recepção e a parceria em favor da vida”, finalizou Eder Gatti.