A Comissão de Saúde e a Comissão Especial do Combate ao Câncer no Brasil realizam audiência pública conjunta nesta quinta-feira (1º) sobre o financiamento e organização da política de oncologia do Brasil. O debate será às 9 horas, no plenário 7.
A deputada Flávia Morais (PDT-GO), que pediu o debate, disse que a descentralização é uma das bases fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), o que se reflete no financiamento do sistema.
“Nesse contexto, o desembolso para atenção oncológica possui algumas particularidades. Com tratamento de alto custo e inovações que surgem a cada dia, o financiamento para tratamento do câncer torna-se um campo de amplo debate em que dilemas são levantados e opiniões diferentes confrontadas”, disse.
Em decorrência disso, acrescentou Flávia Morais, os gastos federais com tratamentos ambulatoriais e hospitalares de câncer têm crescido ano a ano. No entanto, disse, os gastos públicos em saúde em nosso país ainda são muito baixos.
“A razão está ligada no fato do SUS não ter sensibilizado os segmentos políticos para que promovam um aumento do financiamento que permita tornar realidade o princípio da cobertura universal em saúde, e, possivelmente os atendimentos e todo trabalho efetuado até aqui poderão estar comprometidos no futuro”, afirmou a deputada.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
- o coordenador de Desenvolvimento Institucional do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), René José Moreira dos Santos;
- o presidente do Hospital Araújo Jorge, Jales Benevides Santana;
- o diretor do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica do Estado de Goiás, Roney Pereira Pinto;
- a representante da Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, Patrícia Gonçalves dos Santos;
- o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e presidente do Instituto Oncoclínicas, Carlos Gil Ferreira.