A fachada da Câmara dos Deputados fica iluminada de azul nesta e quarta-feira (24) como parte das ações de conscientização sobre a insuficiência adrenal (IA) — condição clínica caracterizada pela falência da glândula adrenal na produção do hormônio cortisol. O hormônio desempenha várias funções importantes no organismo, interferindo no metabolismo, na pressão arterial e nos processos inflamatórios. Por isso, a insuficiência adrenal é uma condição grave e potencialmente fatal.
O mês de abril foi o escolhido para alertar sobre a doença devido ao nascimento do médico britânico Thomas Addison, descobridor da enfermidade. A insuficiência adrenal pode ocorrer de forma aguda ou crônica, dependendo da velocidade da perda da produção hormonal. É classificada como primária, secundária e terciária.
Por ser uma doença rara, é importante conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce para ajudar no tratamento e retardar o avanço da enfermidade.
O pedido para a iluminação da fachada do Congresso Nacional foi feito pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).
Diagnóstico
Frequentemente, o diagnóstico da IA é realizado durante uma crise aguda, chamada crise addisoniana, gerada pela repentina falha na produção de esteroides adrenais (cortisol e aldosterona). A forma crônica pode ser inespecífica, dificultando o diagnóstico da doença.
Nos casos agudos, os sintomas clínicos são fadiga, perda de peso, náuseas, vômitos, dor abdominal, dores articulares e musculares. Exames laboratoriais e de imagem ajudam a diagnosticar a doença.
Tratamento
O tratamento da insuficiência adrenal é feito com medicamentos, com o principal objetivo de suprir a deficiência dos hormônios glicocorticoides ou mineralocorticoide, dependendo do caso. O paciente deve ser orientado sobre a necessidade de se aumentar as doses do corticoide em presença de situações de stress.