A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) realizou uma das ações do projeto ‘Sou A Travesti, Existo!’, na noite da sexta-feira, 27, em Rio Branco. Nesta ocasião, a equipe multidisciplinar levou kits de saúde e materiais informativos para as mulheres em situação de prostituição, com os métodos de proteção e prevenção as Infecções Sexualmente Trasmissíveis (ISTs). As atividades contaram com o apoio da Polícia Militar.
A chefe do Departamento de Ações Temáticas e Participação Política, Alice Flores, destaca que a ação foi pensada para poder alcançar aquelas mulheres em situação de vulnerabilidade e mostrar que a Secretaria da Mulher se coloca à disposição para auxiliar e orientar. “A Semulher também busca ver essas mulheres, incentivar elas a cuidar da sua saúde, utilizar métodos contraceptivos e de prevenção. Além disso, nós fazemos um mapeamento para pensarmos em políticas inclusivas e específicas para esse público”, disse.
“Eu acho que essa ação deve continuar e vocês sempre tem que estar vindo ajudar a gente, porque às vezes, a gente passa constragimentos e não pergunta sobre essas coisas. É super importante, até porque tem muita gente dessa de trabalho que não é bem informada, então vocês vem, ajudando a gente, trazendo preservativo e também trazendo informações sobre os medicamentos, exames e essas coisas, eu acho ótimo”, relatou F. M. de 43 anos.
Além da distribuição dos kits de saúde e materiais informativos, a ação também contou com rodas de conversa, nas quais as mulheres puderam compartilhar suas vivências e levantar questões sobre saúde, segurança e direitos. A ação do projeto “Sou A Travesti, Existo!” faz parte de um esforço maior para combater a marginalização e promover a inclusão social das mulheres transexuais e travestis. A pasta busca, por meio de iniciativas como essa, não apenas fornecer suporte imediato, mas também criar oportunidades de reinserção social e profissional.
“O projeto Sou A Travesti, Existo!, também conscientiza e educa a sociedade sobre a transfobia e os direitos das mulheres LBTs. O intuito, é fomentar a empregabilidade das mulheres transexuais e travestis, entendendo, muitas vezes, essa situação da prostituição, não como algo fixo na vida delas, mas como uma fase que pode ser superada através da união de esforços. Por isso vamos até elas com conscientização, para que enquanto elas trabalham, não coloquem em risco suas vidas e saúde. Falamos sobre violência contra a mulher e os canais de denúncia, algo que é essencial”, explicou a responsável pela Divisão de Diversidade de Orientação Sexual e Identidade de Gênero, Luar Fernandes.
“Eu super aprovo essa ação de vocês, até mesmo porque a gente precisa. E, pra gente, é até muito dificultoso correr atrás disso, porque passamos a noite na rua e ficamos indisponíveis durante o dia. Por isso que eu acho muito gratificante quando vocês vem”, disse uma das mulheres atendidas pela ação, J. A. de 29 anos.