Com apoio do governo do Acre, o Instituto Sapien lançou nesta segunda-feira, 12, em parceria com o Ministério da Saúde, a edição 2025 do projeto Todos contra o Aedes aegypti, em Rio Branco. Com essa iniciativa, é esperado que mais de 15 mil alunos e 600 professores da rede pública de ensino sejam transformados em agentes efetivos no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya em dez municípios do estado.
O projeto, que será colocado em prática em uma ação conjunta entre as secretarias de Estado de Saúde (Sesacre) e de Educação e Cultura (SEE), tem o objetivo de capacitar estudantes e docentes da rede pública, promovendo conscientização e engajamento no combate às arboviroses, principalmente à dengue. A proposta pretende transformar as escolas do ensino fundamental em polos de mobilização social, com foco na saúde e na prevenção de doenças.
Para a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, todas as pessoas têm capacidade significativa para mudar o cenário da dengue na região. “Nosso objetivo com essa ação conjunta é transformar a realidade. O Estado tem se preparado, ampliando leitos e promovendo a conscientização sobre a importância da vacina, mas é fundamental que a população também faça a sua parte”, destacou.
A iniciativa será implantada em dez municípios do Acre, sendo Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Capixaba, Feijó, Mâncio Lima, Senador Guiomard, Sena Madureira, Rodrigues Alves, Tarauacá e Xapuri. Nessas localidades, alunos serão incentivados a atuar como multiplicadores de informação em suas comunidades, ajudando a identificar e eliminar possíveis focos do mosquito transmissor, além de promover ações educativas em suas casas.
O projeto também contempla a promoção de atividades lúdicas e interativas nas escolas, incluindo gincanas, concursos culturais com premiações em dinheiro, encenações teatrais e o uso de tecnologia de realidade aumentada. A expectativa é que, ao término das ações, as comunidades dos municípios participantes estejam mais conscientes sobre os perigos relacionados ao mosquito transmissor, e que o aprendizado adquirido pelos estudantes se estenda para além do ambiente escolar.
O presidente do Instituto Sapien, Lucas Varela, tem a expectativa de que o projeto cause uma mobilização e transformação social. “Vamos formar mais de 600 professores da rede pública de municípios do Acre, para aplicar o conteúdo em sala de aula a mais de 15 mil alunos. O material didático será fornecido pelo projeto, em parceria com o Ministério da Saúde. A aplicação será de três a quatro meses, seguida por um mutirão de combate ao mosquito e um concurso cultural. Esperamos mobilizar e conscientizar a população sobre o combate às endemias”, ressaltou.
Entre os materiais pedagógicos que serão distribuídos aos alunos, estão livros interativos com jogos virtuais, vídeos educativos, cartelas de adesivos, carteirinhas de “combatente” e um guia de ações semanais. Também será entregue uma cartilha com o cronograma de atividades, além de questionários sobre os temas tratados durante as capacitações. Já os professores receberão formação técnica e pedagógica, com suporte de uma plataforma online de apoio ao ensino.
O titular da SEE, Aberson Carvalho, reforçou: “A Educação está acolhendo esse programa de braços abertos. Estamos mobilizando todos os nossos gestores e abrindo as portas das escolas, porque reconhecemos a importância dessa política no combate à dengue. No ano passado, já atuamos com a Sesacre no Dia D. Os nossos professores e alunos serão formados com materiais pedagógicos, buscando construir um exército de enfrentamento à doença”.
Com essa abordagem, o projeto busca integrar educação e saúde pública, criando uma rede de vigilância ativa dentro e fora do ambiente escolar. Além do trabalho em sala de aula, estão previstas visitas domiciliares às comunidades do entorno, em parceria com os agentes de saúde, fortalecendo o impacto das ações de prevenção.
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