O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), participou nesta terça-feira, 27, em Brasília, da reunião de integração junto à equipe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para tratar da implementação do Programa de Resiliência Socioambiental nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Igarapé São Francisco e Lago do Amapá.
O programa é financiado pelo Fundo Brasil – Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável, por meio de doação do governo canadense.
Os recursos captados em fevereiro deste ano pelo governo do Acre, no valor de USD 2.699.138,16, o equivalente a R$ 15 milhões, serão destinados ao fortalecimento da governança ambiental, restauração florestal, segurança hídrica e bioeconomia do estado.
As ações do programa submetido pela Sema ao Fundo Brasil foram concebidas para fortalecer a resiliência socioambiental das APAs, promovendo a conservação dos recursos naturais e o empoderamento das comunidades locais. A implementação das ações tem duração prevista de 24 meses.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a importância do encontro para o alinhamento técnico do projeto.
“Nossa reunião foi importante porque nós começamos a debater tecnicamente como vai ser o início da execução dos recursos. Aproveitamos para convidar os membros para participarem em junho, em Rio Branco, de uma reunião técnica com a equipe da Sema e os outros atores para iniciarmos efetivamente o projeto no início desse segundo semestre”.
Além do secretário de Meio Ambiente, participaram, pela Sema, o diretor de Meio Ambiente, Erisson Camelí, e a assessora de Governança Participativa, Silvia Uszacki. Pela Unesco, estiveram presentes o coordenador dos setores de ciências naturais, humanas e sociais, Fabio Eon, os oficiais de projetos, Sérgio Monforte e Rodrigo Araújo, além de assistentes técnicos da instituição.
Saiba mais
O Fundo Brasil-ONU foi lançado em 31 de julho de 2023, em parceria entre o Consórcio da Amazônia Legal, a ONU Brasil e o governo federal, visando mobilizar recursos para iniciativas sustentáveis na região. A proposta do fundo é fomentar alternativas econômicas inclusivas e sustentáveis, com ênfase na segurança física, hídrica, climática, sanitária e alimentar das 29 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. Além disso, busca preservar os modos de vida tradicionais e promover soluções alinhadas com a conservação ambiental.
Em dezembro de 2024 o fundo recebeu sua primeira grande doação, no valor de R$ 60 milhões (aproximadamente US$ 13 milhões), concedida pelo governo do Canadá. O anúncio foi feito pelo ex-primeiro-ministro Justin Trudeau, durante a Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.
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