Com espírito de inclusão, superação e representatividade, o Acre sediou no sábado e domingo, 6 e 7, o Campeonato Regional Norte de Bocha Paralímpica 2025. O evento foi realizado no ginásio poliesportivo do Serviço Social do Comércio (Sesc) Bosque, em Rio Branco, e reuniu 40 atletas cadeirantes do próprio Acre e de Rondônia, Pará, Roraima e Amapá. A competição é uma etapa classificatória para o Campeonato Brasileiro de Bocha, que será realizado em São Paulo (SP).
Promovido pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande), o campeonato contou com o apoio da Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer (Seel), que prestou suporte logístico e estrutural aos participantes e delegações visitantes, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento do esporte paralímpico, garantindo acessibilidade, apoio técnico e estrutura, para que mais atletas possam representar o estado no cenário nacional e internacional.
Para o titular da Seel, Ney Amorim, abrigar a competição é motivo de orgulho para o estado. “Foi muito bacana o Acre ter sediado esse ciclo tão importante do esporte paralímpico. A Secretaria de Esporte deu total apoio a todos os atletas que vieram competir aqui. Ainda estamos cuidando da logística do retorno deles, mas o evento foi um sucesso”, destacou.
Os atletas acreanos fizeram bonito na disputa e conquistaram duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Segundo Ney Amorim, o desempenho da equipe local chamou a atenção dos olheiros da seleção brasileira. “Temos atletas muito bem posicionados, que estão no radar da seleção. Isso mostra o potencial e a força do nosso esporte paralímpico”, comemorou.
Entre as histórias que marcaram a competição, está a de Emilson Farias, atleta da classe BC3, que superou desafios pessoais para estar presente. O desportista relatou que não se sentia preparado para competir, pois vinha de um período de recuperação de uma úlcera de compressão. Mesmo assim, decidiu “com fé e gratidão” participar.
“Agradeço primeiramente a Deus, segundo à equipe de enfermagem da unidade Ruy Lino, terceiro à minha equipe de treinadores da APA [?] e à Ufac [Universidade Federal do Acre], por nos conceder o espaço pra treinar. Não posso deixar de agradecer também ao nosso secretário de Esporte, Ney Amorim, que proporcionou toda a logística para os atletas dos outros estados poderem participar e abrilhantarem mais um campeonato na regional Norte”, afirmou o atleta.
Outro destaque foi o jovem atleta Francisco Emanoel SOBRENOME, que celebrou a oportunidade de viver sua primeira experiência em uma competição regional. “Poder participar do campeonato da Região Norte foi muito bom, poder dividir a quadra com outros atletas do meu estado e de outros estados da região foi mais um aprendizado. Fiquei muito feliz em representar meu estado e meu clube APA”, disse.
Francisco revelou que, no início, sentia incertezas em relação aos adversários, mas seguiu o conselho da mãe: “Ela me disse: ‘vai jogar, aproveitar o jogo, conhecer outras pessoas e fazer novas amizades’, e pouco a pouco fui ganhando. Foi Deus que nos deixou chegar aqui”. Ao fim da competição, conquistou uma medalha, mas ressalta que o mais importante foram os aprendizados em cada jogada. “Estou aprendendo. Agradeço a toda a equipe da Secretaria de Esporte do Estado pelo apoio prestado”, completou.
O evento também foi elogiado pelas lideranças nacionais presentes, como o presidente e o vice-presidente do Comitê Paralímpico, (nomes?), que destacaram a organização e a receptividade oferecida pelo Acre.
Mais que uma competição, o campeonato cumpriu o papel de promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência, além de difundir a prática da bocha paralímpica na Região Norte.
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