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Paulo Castilho se posicionou de forma contrária aos treinos abertos de Corinthians e Palmeiras
Foto: Reprodução/TV
Promotor do Ministério Público, Paulo Castilho não está disposto a ceder em relação aos treinos abertos já anunciados por Corinthians e Palmeiras para sábado, véspera da final do Campeonato Paulista, na Arena Corinthians e no Allianz Parque, respectivamente. Defensor da extinção de torcidas organizadas, ele aposta até em destituição de Andrés Sanchez e Maurício Galiotte caso haja briga entre corinthianos e palmeirenses no deslocamento até os estádios.
Na visão das autoridades, se os clubes, arquirrivais, abrirem seus estádios na mesma manhã, haverá risco de casos de violência. A principal preocupação tanto de Polícia Militar como de Ministério Público está no sistema metroferroviário da Região Metropolitana de São Paulo. As organizações lembram que civis também não estarão imunes caso os treinos aconteçam.
“Seria uma irresponsabilidade ter cerca de 90 mil torcedores transitando pela cidade de São Paulo. A chance de que pessoas inocentes sejam afetadas é real. Isso sem falar na possibilidade de depredação, considerando que o efetivo do metrô é reduzido aos sábados”, opinou Paulo Castilho ao site Globoesporte.com.
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Para evitar que Corinthians e Palmeiras treinem ao lado de suas torcidas na véspera da decisão estadual, o promotor do MP dá o recado: se houver briga entre torcedores, os presidentes das equipes, Sanchez e Galiotte, serão responsabilizados, podendo até serem destituídos de seus cargos. Castilho se baseia no artigo 73 do Estatuto do Torcedor, que trata da segurança de torcedores em jogos de futebol – e não em treinamentos, cabe frisar.
“Sendo avisados de que não há condições de segurança para realizar os treinos abertos no mesmo horário, os dirigentes estão assumindo a responsabilidade por eventuais danos aos torcedores e ao patrimônio público. É fácil uma ação para destituir os presidentes de seus cargos. Duvido que qualquer juiz não dê uma liminar afastando os dirigentes. Estou fechando aposta”, afirmou o promotor, desta vez ao blog do Perrone, do portal Uol.
A polêmica se arrasta desde segunda-feira, quando o Corinthians anunciou que abriria seu estádio às 10h de sábado para a Fiel. O Palmeiras, mandante do segundo jogo das finais, promete fazer o mesmo. Do lado da Polícia Militar, o entendimento é de que não é possível garantir a segurança da população com duas torcidas de massa se deslocando pela capital paulista ao mesmo tempo.
Corinthians e Palmeiras se enfrentam domingo, às 16h, no Allianz Parque, valendo o título do Campeonato Paulista. Ao menos por ora, ambos realizarão treinos com público presente um dia antes da finalíssima.
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