Na reta final do mandato, Andrade tenta reforçar elenco corinthiano para 2018
Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Engana-se quem pensa que o Corinthians utilizará o valor total referente à venda de Jô para o Nagoya Grampus, do Japão, com contratações para a temporada de 2018. Em entrevista ao blog do Jorge Nicola publicada nesta quarta-feira, o presidente do Timão, Roberto de Andrade, avisou que utilizará parte desse dinheiro e do obtido com a renovação com a Nike para quitar dívidas do clube.
“Não vou gastar todo o dinheiro do Jô e da Nike com contratação. Pode esquecer essa possibilidade”, disse Roberto de Andrade.
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A proposta do Nagoya Grampus por Jô, já aceita, é de 11 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões). Como detinha 100% dos direitos econômicos do centroavante – anunciado pelo clube japonês na noite dessa terça-feira –, o Corinthians receberá algo próximo disso.
Já a renovação por mais quatro temporadas entre Corinthians e Nike, firmada em meados de dezembro, renderá R$ 25 milhões em luvas aos cofres alvinegros. Segundo Andrade, o clube possui em torno de R$ 20 milhões em dívidas atrasadas, que deverão ser pagas com os montantes adquiridos neste início de 2018.
“Difícil precisar (quanto o Timão receberá por Jô), porque tem impostos, uma parte que usaremos para quitar pendências. Mas é um bom dinheiro. E não dava para não vender o Jô, até por ele. Será o último grande contrato da carreira de um cara que foi fora de série com a gente”, explicou, antes de dar um panorama das contas a pagar:
“É pouca coisa. Algo em torno de R$ 20 milhões”, revelou. “Tem de tudo. Compra de direitos econômicos, luvas, comissões, um pouco de coisas relacionadas à base…”, acrescentou.
Presidente apenas até 3 de fevereiro, data do próximo pleito, Andrade acredita que seu futuro sucessor encontrará um Corinthians fortalecido financeiramente. Ele entende que, em comparação a 2015, quando ocupou o lugar de Mário Gobbi, o clube avançou neste sentido.
“Vai assumir um clube com algumas pendências, mas longe de uma situação desesperadora. O Corinthians está mais tranquilo hoje do que quando eu assumi. E isso não é demérito do Mário Gobbi, que me antecedeu. Acontece que o clube vinha empurrando dívidas e mais dívidas há uns 50 anos e só começou a pagá-las nos últimos anos.”
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