O procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, acompanhado dos coordenadores dos Centros de Apoio Operacionais dos Direitos Humanos, Gisele Muller Monteiro, e Criminal, Rodrigo Brandalise, recebeu, na manhã desta sexta-feira, 10 de março, deputados estaduais, vereadores de Porto Alegre e representantes de entidades ligadas ao movimento negro. O objetivo do grupo foi buscar, junto ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), uma interlocução permanente com as demais instituições nas ações relacionadas ao combate ao trabalho escravo e ao racismo, especialmente com relação ao caso dos 207 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão atuando na colheita da uva em vitivinícolas situadas em Bento Gonçalves; e ao vereador de Caxias do Sul que proferiu pronunciamento preconceituoso e discriminatório.
“Estamos hoje acolhendo o movimento negro, dispostos a promover esse diálogo tão importante, nos colocando nessa posição de ser um canal de interlocução, o que vem ao encontro da nossa atuação”, disse Marcelo Dornelles, após ouvir os relatos sobre racismo estrutural e institucional percebidos e vivenciados por eles. “Entendemos a necessidade de articulação e colaborações interinstitucionais no combate ao trabalho escravo”, ressaltou o PGJ, que explicou como está se dando a atuação do MPRS nas searas cível e criminal com relação ao fato ocorrido na Serra Gaúcha. “Para nós isso é inadmissível e reafirmamos nosso compromisso na luta contra o racismo e a intolerância”, destacou Dornelles.
Participaram da reunião os deputados estaduais Matheus Gomes, Bruna Rodrigues e Laura Sito; a vereadora Cuca Congo, representantes da deputada federal Daiana Santos e da vereadora Karen Santos; além de representantes de diversas entidades ligadas ao movimento negro.