A Câmara dos Deputados vai promover na quarta-feira (25) uma sessão solene para entregar o diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós. O prêmio é concedido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e homenageia personalidades cujos trabalhos ou ações tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, na defesa dos direitos femininos e nas questões de gênero no Brasil.
Neste ano as homenageadas serão:
- Aparecida Gonçalves: atual ministra das Mulheres, é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres e ativista de defesa dos direitos das mulheres há mais de 40 anos;
- Flávia Gonzaga Costa Chagas: economista e empresária, atua como conselheira do Senai, onde apoia decisões pelos jovens, como a oportunidade de se desenvolver e capacitar para o mercado de trabalho, o primeiro emprego, entre outros.
- Leila de Andrade Linhares Barsted: advogada desde os anos 1970, teve ativa participação no movimento feminista do estado do Rio de Janeiro. Participou da campanha “Quem Ama Não Mata” – contra a impunidade dos autores de violência contra as mulheres, dentre outras iniciativas.
- Maria Luiza Fontenele: professora, participou da implantação do curso de Ciências Sociais na Universidade de Fortaleza, onde coordenou o Núcleo de Documentação e Informação sobre a Mulher. Foi a primeira mulher brasileira eleita prefeita de uma capital (Fortaleza), em 1985.
- Rosa Weber: ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ex-ministra do Tribunal Superior do Trabalho. Tem trabalhado em ações com o objetivo de aplacar as vulnerabilidades das questões de gênero, das LGBTQIA+ e das questões raciais.
A sessão está marcada para as 10 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.
Quem foi Carlota Pereira de Queirós
Carlota Pereira de Queirós (1892-1982) foi médica, escritora, pedagoga e política, além de primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal na história do Brasil.
Eleita pelo estado de São Paulo em 1934, Carlota Queirós participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935, fazendo com que a voz feminina fosse ouvida no Congresso Nacional. O foco de seu mandato foi a defesa da mulher e das crianças, trabalhando por melhorias educacionais que contemplassem melhor tratamento para as mulheres e publicando uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira. Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.