A partir de agora, o governo conta com uma nova ferramenta para potencializar o desenvolvimento econômico sustentável e inovador no estado. Trata-se de um painel eletrônico em layout moderno, que permite o compartilhamento de dados econômicos mensais referentes a produtos agropecuários e florestais que saem do estado. Para acessá-lo, clique aqui.
A iniciativa foi lançada nessa terça-feira, 3, em solenidade realizada no estande da Casa do Produtor, na Expoacre, e é fruto de um acordo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e o Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, bem como de uma parceria com a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Com a nova ferramenta, o Estado, por meio da Sefaz, disponibiliza dados econômicos ao Fórum Empresarial, referentes a preços de mercado, volume de vendas, importação e exportação.
“É uma ferramenta estratégica para a gestão, para a pesquisa, para políticas públicas. A gente está muito feliz em poder fazer essa parceria com o governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda, com as federações da Indústria, do Comércio, da Agricultura, mostrando a transparência de dados e a excelência de gestão que o estado do Acre vem construindo”, disse a diretora Executiva da Embrapa em Brasília (DF), Ana Euler.
Um dos idealizadores da plataforma, o pesquisador da Embrapa Judson Valentim, explicou de que forma se dava o acesso aos dados antes da iniciativa ser implementada. “Os dados estavam armazenados na Secretaria de Fazenda. Toda vez que alguém precisava acessar, tinha que fazer um ofício, pedir os dados, que chegavam depois de um certo tempo, às vezes, um mês depois; e, quando chegava, logo ficavam dados ultrapassados, porque a coisa vai mudando, é dinâmica. Então, era uma dificuldade muito grande”, conta Valentim.
Transparência
O painel dispõe de informações que foram categorizadas em cinco ambientes: Ano, Município Origem, UF Destino, Município Destino e Grupo (agricultura, extrativismo pecuária e todos), além de gráficos e mapas de operação e de distribuição; tudo atualizado mensalmente e disponível a toda a sociedade, potencializando e fortalecendo a transparência na gestão pública estadual do governo.
“É o governo trazendo insumos para os produtores e para as entidades que trabalham junto com os produtores. São informações que a Sefaz tem por conta da emissão de notas fiscais, que eram restritas ao Fisco, mas agora são informações que podemos divulgar, totalizadas por produto, por município de origem e de destino, que vão subsidiar na tomada de decisões”, disse o secretário adjunto da Receita, Clóvis Gomes.
A atualização de dados econômicos de forma mensal vai nortear, de forma criteriosa e precisa, os preços de mercado, volume de vendas, importação e exportação de produtos, especialmente focados em produtos agropecuários e florestais.
“Esses dados disponibilizados pela Sefaz são cruciais não apenas para a análise de tendências de mercado, como também para avaliação de políticas públicas governamentais e planejamento estratégico estadual. Antes, precisavam ser solicitadas pelos mais diversos interessados, como investidores, estudantes, entidades de classe e, agora, estão disponíveis. Isso fortalece a transparência e o acesso a dados econômicos para uma melhor tomada de decisão”, disse o secretário da Fazenda, Amarísio Freitas.
O presidente do Fórum Empresarial do Acre e da Fieac, José Adriano Ribeiro, destacou que a parceria com o Estado, por meio da Sefaz, para disponibilização dos dados era um projeto antigo e que, a partir de agora, vão ajudar a e expandir a produção de algumas matérias-primas.
“O setor industrial depende de uma produção de alta qualidade e de incentivar o aumento dessa matéria-prima em escala industrial. Por isso, é importante identificar os produtos mais importados pelo estado, para poder estimular os investidores a fazer o processamento da nossa matéria prima e agregar valor à nossa produção e ao produto industrializado acreano. Essa é a essência da utilização desses dados, estimular a proposta de processamento e maior produtividade, para a geração de empregos”, disse Ribeiro.