Apenas o partido Novo orientou o voto contrário ao piso salarial dos enfermeiros (PEC 11/22). A proposta está em votação, em primeiro turno, no Plenário da Câmara dos Deputados.
O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), disse que a proposta vai gerar uma onda de demissões com os aumentos salariais. “Esta proposta trará efeitos nefastos para os profissionais de enfermagem, que foram enganados”, declarou.
O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) afirmou que a definição salarial não é tema constitucional. “Este tema tem de ser tratado do lado de fora da Constituição, como todas as outras profissões, para a gente ter equilíbrio, para a economia se mexer, porque senão corremos o risco de abraçar o populismo e ter mais e mais categorias pressionando.”
Todos os demais partidos declararam voto favorável. Para o deputado Helder Salomão (PT-ES), a proposta faz justiça aos profissionais de saúde. “Na pandemia, as pessoas viram mais concretamente o papel que esses profissionais exercem cotidianamente, mas em períodos de normalidade, os profissionais da saúde, os profissionais da enfermagem, outros profissionais são fundamentais para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, ressaltou.
Já o deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO) lembrou que as enfermeiras foram as responsáveis por produzir provas contra o anestesista Giovanni Bezerra, preso em flagrante após estuprar uma paciente durante um parto cesárea. “São as enfermeiras que fiscalizam o centro cirúrgico.”
Para o líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), os profissionais de enfermagem são uma das categorias mais importantes do Brasil. “O MDB faz um reconhecimento histórico da enfermagem no País”, disse.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que o Congresso cumpriu todas as etapas e negociou o piso salarial.
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