O Projeto de Lei 2617/24 define medidas para combater a discriminação de pessoas ou grupos por conta da idade. A Câmara dos Deputados analisa a proposta.
A ideia é que o combate ao idadismo (preconceito com base na idade) e ao etarismo (preconceito contra idosos) seja feito por meio de ações educativas, preventivas e com o aumento de penas.
O texto prevê, por exemplo, que a União, em parceria com estados, Distrito Federal, municípios e entidades da sociedade civil, crie programas de capacitação para profissionais da educação, saúde e assistência social sobre o combate ao idadismo e ao etarismo, estabeleça canais de denúncia e incentive as empresas a adotarem políticas de contratação e valorização de trabalhadores mais velhos.
O deputado Pedro Aihara (PRD-MG), autor da proposta, defendeu a inclusão digital e a inserção da pessoa idosa no mercado de trabalho. “A exclusão digital agrava a marginalização dos idosos, enquanto a participação ativa no mercado de trabalho não apenas promove a independência financeira, mas também melhora a autoestima e a saúde mental dessa parcela da população”, sustenta o autor.
O projeto define ainda como ações para combater o idadismo e o etarismo:
- o aumento das penalidades para casos comprovados de discriminação contra a pessoa idosa, incluindo multas e sanções administrativas para empresas e indivíduos;
- a criação de um observatório nacional permanente para monitorar e avaliar casos de preconceito e violência contra a pessoa idosa;
- e a criação de programas de apoio psicológico e jurídico para vítimas de idadismo e etarismo.
A proposta também institui a primeira semana de outubro como a Semana Nacional de Combate ao Idadismo e Valorização da Pessoa Idosa, quando deverão ser realizadas campanhas de conscientizações e outros eventos de valorização da pessoa idosa.
Próximos passos
A proposta será analisada pelas comissões de Educação; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para votação em Plenário. Para virar lei, o texto deverá ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
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